segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Au pair sim! Com namorado??? Quem sabe?!

Hoje eu fui andar para me exercitar um pouco e fiquei pensando na questão "namorado" quando a menina quer ser au pair. Oh bichinho difícil! Ou será que somos nós? Afinal, quem quer morar longe do que já é seguro e conhecido por um ano somos nós, não eles...
A verdade é que queremos. E quando queremos...
Bom, vamos pensar juntas (o que não acaba sendo verdade, já que eu estou sozinha escrevendo no blog agora). Um bom começo seria resposta para 5 perguntas básicas:
- Eu o amo?
- Ele me ama?
- O quanto ser au pair é importante para mim?
- Por quê?
- Para quê?

Acho que com essas respostas, você poderia iniciar um diálogo com seu namorado e compartilhar suas razões, da mesma forma que escutaria os motivos dele para não querer que você vá.
A verdade é que é muito difícil. Para ambos. E acredite, mais para você futura au pair. Você estará lidando com a saudade, com o desconhecido, com as dificuldades de uma nova língua, com a adaptação com os hosts e as kids, enfim, enquanto ele estará somente sujeito a saudade sua e às tentações ao redor.
Quando decidi ser au pair, eu já tinha 5 anos de namoro e já éramos noivos. Foi complicado. Ele também não aceitou. Chegamos até a terminar, mas a nossa vivência e a nossa relação já tinham uma consistência fortalecida. Ainda não somos um, mas já éramos uma mistura indissociável de nós dois.
Voltamos e decidimos então conversar.


Pontos que você pode mostrar a ele:

- A experiência que você vai adquirir aqui nos EUA vai ser importante não só para você, mas para ele também. Se vocês pretendem um dia casarem, quando você voltar, vai ter um currículo maravilhoso, possibilitando arranjar um emprego muito melhor do que se você não passasse por aqui. Isso facilitará na construção de uma vida a dois, que todo mundo sabe que não é fácil no começo. É o apê, são os móveis, os eletrodomésticos...

- Se o medo é um perder o outro, então, o que basta é um cuidar do outro. Eu sempre digo que o que está guardado não se perde, contanto que sempre se averigue se ainda está ali, porque senão se esquece da sua presença. Com o amor não é diferente. Tomando o meu exemplo, sempre conversamos pelo skype/msn. É certo que não é todo dia, mas finais de semana sempre dou uma entrada para conversar com ele. Quando não é possível, e isso as vezes acontece, Rafael tem sempre o cuidado de ligar para meu celular pelo skype (procure saber melhor, porque é muito barato).

- Outra dica é o blog. Confesso que além de ser uma ótima recordação que estou fazendo, ele também é uma forma de comunicação entre meu noivo e eu. O assunto não morre porque ele sempre dá uma fuxicada no blog para saber o que está acontecendo. Ótimo, porque se ele me perguntasse o que tem de novo, eu certamente responderia nada (apesar de ser uma vida cheia de novidades, a gente sempre as deixa passar em branco, parece que nada é tão novo assim...). Então, ele sempre comenta comigo o que escrevi e como escrevi. O assunto entre nós não morre, porque apesar de estarmos longe, estamos perto através das palavras.

- Que tal se você enviar cartas, cartões postais?! Isso também alimenta o amor. E é muito bom receber uma demostração de que você está pensando nele em momentos tão importantes para você. Confesso que ainda não enviei cartão postal, mas já tem um a caminho...

- Antes de vir para cá, combinei com meu noivo dele vir me visitar depois de seis meses. É claro que ele trabalha e minha hostfamily aceitou a presença dele aqui, o que facilitou bastante. Então, se você ainda está em processo de busca de família, pergunte se seu namorado pode visitá-la aí. Aproveite e pergunte se você terá oportunidade de fazer horas extras porque então você pode ajudar na compra da passagem aérea dele. Olha, se ele não trabalha, confesso que se você fizer horas extras, poupar seu dinheirinho e antencipar a compra das passagens, então você consegue sim comprar as passagens. Confie em mim.



Se apesar de tudo isso ele disser não, então cabe a você decidir.

Existem muitas meninas que renunciaram para dar continuidade ao namoro, e nem por isso são menos felizes que nós que somos au pairs.
Entretanto, eu, particularmente, penso da seguinte forma: se ele não está disposto a vivênciar e compartilhar algo tão importante comigo, então não estará quando casarmos. Para mim amar é isso: vivermos e compartilharmos juntos, ainda que exista a distância; é estamos unidos ainda que na ausência.

Um comentário:

Pri disse...

Ellen!

Obrigada !
Me deu muito o q pensar.

Bjos